(intro) FC7FC7F
(declamando)
Você talvez não conhece, o veneno que as cobras têm.
Pois elas quando dá o bote balança o guizo também.
D cascavel é traiçoeira, quando ela quer se vingar,
Balança o guizo contente na hora dela picar.
D urutu é perigosa, de ruim não se manifesta,
É cobra tão venenosa que traz uma cruz na testa.
Jaracuçu Deus nos livre quando ela chega a picar,
Porque deixa o sinar dos seus dentes e a cicatriz no lugar.
Mas eu lhes digo a verdade.
Por cobra já fui picado,
Por cascavel, caninana, urutu esse malvado e, de todas eu já me livrei.
Esse veneno "Amargura" existe um contra veneno por isso tudo se cura.
Mas tem uma cobra do mato, uma cabocla lá do sertão,
Que trás o veneno nos zóio e ataca no coração.
Dessa uma vez fui picado um dia só por mardade,
Que ainda trago no peito a cicatriz da saudade.
(cantando)
FC7F
Já vai fazer quase um ano que eu deixei o meu sertão,
A#C7A#C7FF7
Por um veneno dos olhos que atingiu meu coração.
A#C7F
Uma cabocla do mato, que tanto mal tem me feito.
FC7A#C7F
Uma olhada me deu, foi um veneno perfeito.
FC7F
Essa cobra venenosa, cobra em forma de gente.
A#C7A#C7FF7
Talvez a mais perigosa, pode matar de repente.
A#C7F
Procurei tantos remédios, andei por toda cidade.
FC7A#C7F
Mas tal qual não existe, nada que cure a saudade.
A#C7F
Agora vou repetir, a história mais dolorosa
FC7A#C7F
Essa cabocla do mato, é a cobra mais venenosa.