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Mágoa de Boiadeiro
Daniel

[Intro] A B7 E B7 E B7 A E Antigamente nem em sonho existia B7 E Tantas pontes sobre os rios nem asfalto nas estradas B7 A E B gente usava quatro ou cinco sinueiros B7 E E7 Prá trazer o pantaneiro no rodeio da boiada A E Mas hoje em dia tudo é muito diferente F#m B7 E E7 Com progresso nossa gente nem sequer faz uma idéia A B7 E Que entre outros fui peão de boiadeiro B7 E Por esse chão brasileiro os heróis da epopéia B7 A E Tenho saudade de rever nas currutelas as mocinhas B7 E Nas janelas acenando uma flor B7 A E Por tudo isso eu lamento e confesso que E B marcha do progresso é a minha grande dor A E Cada jamanta que eu vejo carregada F#m B7 E E7 Transportando uma boiada me aperta o coração A B7 E A F# quando olho minha tralha pendurada de tristeza B7 E Dou risada prá não chorar de paixão ( A B7 E B7 E ) B7 A E O meu cavalo relinchando pasto a fora B7 E Que por certo também chora na mais triste solidão B7 A E Meu par de esporas meu chapéu de aba larga B7 E E7 Uma bruaca de carga o berrante e o facão A E O velho basto o sinete e o apeiro F#m E E7 O meu laço e o cargueiro o meu lenço e o gibão A B7 E Ainda resta a guaiaca sem dinheiro B7 E Deste pobre boiadeiro que perdeu a profissão B7 A E Não sou poeta, sou apenas um caipira B7 E F# o tema que me inspira é a fibra de peão B7 A E Quase chorando recolhido nesta mágoa B7 E E7 Rabisquei estas palavras e saiu esta canção A E Canção que fala da saudade das pousadas F#m B7 E E7 Que já fiz com a peonada junto ao fogo de um galpão A B7 E Saudade louca de ouvir o som manhoso B7 E De um berrante preguiçoso nos confins do meu sertão