D#A#7
Eu sou aquele boizinho que nasceu no mês de maio
G#A#7D#
Desde que eu vim ao mundo foi só pra sofrer trabalho
A#7
Fizeram logo o batismo lá na margem do riozinho:
G#A#7D#
Por causa da minha cor fui chamado amarelinho.
D#A#7
Meu pai era um boi turuna que nasceu num sapezal
G#A#7D#
Seu nome era barbatão com o sobrenome de marruá
A#7
Quando eu tinha um ano e meio já fizeram amansação
G#A#7D#
Me amanssaram eu no carro e depois no carretão
D#A#7
Carreiro que guiava só me fazia judiação
G#A#7D#
Dei uma chifrada nele que varou o coração.
A#7
Aí, o meu patrão já disse: - vou mandar esse boi pro corte
G#A#7D#
Não trabalha no meu carro boi que já teve uma morte.
D#A#7
Eu estava no alto da serra e avistei dois cavaleiro
G#A#7D#
Com dois laço na garupa e dois cachorro perdigueiro
A#7
Pois er ao senhor patrão que vinha me visitar
G#A#7D#
Com o malvado carniceiro que já vinha negociar.
D#A#7
Adeus campos de Varginha, terra de Minas Gerais
G#A#7D#
Os olhos que me vê hoje, amanhã não me vê mais!
A#7
Eu cheguei no matador não encontrava saída
G#A#7D#
Amarraram eu no mourão entreguei a minha vida
D#A#7
O malvado carniceiro já correu amolar o facão
G#A#7D#
Me largou uma facada bem certa no coração
A#7
Botei o joelho na terra vendo meu sangue correr
G#A#7D#
O malvado com a caneca ainda aparava pra beber
A#7
Vou fazer minha promessa pra quem meu sangue tirar
G#A#7D#
Que o mundo dá muitas voltas e sem camisa há de ficar.