F
Vou dizer cantando toda minha história
C7
Sofrimento e glória e alegria e dor
Sou que nem abelha, que em constante lida
F
Pr'a ganhá a vida vai de flor em flor
Nasci na barraca e desde menino
F7A#
Foi o meu destino sempre a viajá
F
O artista de circo é como neblina
C7
Que estando no espaço ninguém lhe domina
F
D vai para onde o vento levá.
F
Se estou no trapézio arriscando a sorte
C7
Enfrentando a morte prá ganhar o pão
D lá das altura si aplauso eu mereço
F
Sorrindo agradeço, acenando a mão
Quando estou no drama que a platéia chora
F7A#
Eles ignora que tudo é ilusão
F
O meu próprio drama eu nunca revelo
C7
Sinto a dor no peito bater em duelo
F
No cenário triste do meu coração.
F
Para o bom artista o circo é seu mundo
C7
De cada segundo tem nova emoção
Só aquele recanto coberto de pano
F
Sabe o desengano do meu coração
F
Todas as vezes que eu entro para o picadeiro
F7A#
Vejo o circo inteiro me admirá
F
Porém ao contrário, a realidade
C7
Muitas vezes sorrindo quando na verdade
F
Sinto no meu peito o coração chorá.
F
De aventureiro sei que arguém me chama
C7
Porém esta fama não mereço não
Todos que assim dizem não sabe direito
F
Que dentro do peito tenho um coração
Porque é no circo que a vida eu ganho
F7A#
D não me acanho de assim dizer
F
Tenho até orguio de ser desta vida
C7
Eu nasci no circo e de cabeça erguida
F
Digo que no circo eu quero morrer.